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Comecei pelas Raízes.

Foto do escritor: Andrea NeroAndrea Nero

Atualizado: 27 de jun. de 2023

Usando linhas e agulha me pus a bordar.




Quando pensei em fazer o Blog, já sabia o assunto de interesse, o "Feminino", e as ferramentas para reflexão para abordar este feminino contemporâneo. Os mitos, contos de fada, a psicologia analítica, as pensadoras e escritoras femininas e minha própria vivencia.


Mas que nome dar ao Blog?



Parei para fazer uma lista em uma folha no meu caderno de notas. Tenho vários, um para cada assunto. Sentei na sala, escrevi alguns possíveis nomes e o coloquei para dormir. Gosto de deixar idéias marinando, como quando cozinhamos.


Peguei minhas caixas de bordados, sentei e me coloquei a pensar no bordado de minha árvore genealógica que estava a tempos para começar. Quando penso nas minhas raízes familiares, sempre penso na minha família materna. Afinal é no ventre de nossa mãe que ficamos por nove meses. Durante a gestação, vivemos e sentimos junto com nossa mãe tudo o que ela estiver vivendo e sentindo. Dessa intima e estreita relação, nasce uma ligação fortíssima, mesmo que nem sempre harmoniosa. Photo by frank mckenna on Unsplash


Coloquei o tecido no bastidor e peguei agulha e linha. Não costumo desenhar no tecido para bordar. Não sou boa no desenho, embora minha mãe tenha me colocado por anos em cursos de desenhos, pintura, artesanato, bordado, tricô, enfim...


Gosto mesmo do bordado intuitivo. Fecho os olhos, imagino o que quero bordar por alguns segundos, olho para o tecido por mais alguns segundos e deixo minha intuição guiar a agulha.

Funciona na maioria das vezes. Com isso, nenhum dos meus bordados é perfeito, porem, é único e carregado de sentimentos. Entrego todos os meus pontos em agradecimento ao amor que me foi dedicado por minha mãe e minha avó.


Comecei pelas raízes. Eu não, a agulha e a linha. Durante dois dias, me dediquei apenas a bordar minha árvore materna e a voltar ao caderno para escrever mais alguns nomes para o Blog. Por mais que tentasse, não conseguia fazer outra coisa. No terceiro dia, com a estrutura da árvore pronta fiz um post no meu Instagram @alokadabolsa e coloquei o hashtag #raizesdofeminino. Por um segundo me dei conta do que havia escrito e corri para o caderno. Lá esteva ele, no meio de tantas outras opções, o nome "Raízes do Feminino". Foi o único de tantos da lista que ficou gravado em meu subconsciente, ou seja, o nome me escolheu. Corri para comprar o domínio e... Aqui estamos nós!

( Bordado que originou o nome do Blog)


Porque bordo e amo tudo que os fios e agulhas são capazes de criar?

Elena Bernabè, psicóloga e escritora italiana, escreveu um conto onde uma Nona explica para sua neta o porque bordar ou costurar. Quando li me emocionei muito. Ninguém poderia responder de forma mais apropriada. Resolvi então, que o compartilharia com quem passasse por aqui.


Espero que gostem!

Namastê.


 

"Nona, o que fazer quando estou desesperada?"

 

Nona, o que fazer quando estou desesperada?

Costurar ou bordar minha menina. À mão, e bem devagar. Aproveitando cada onda criada com seus próprios dedos.

Bordar e costurar afasta o desespero?


Não minha neta. Costurando ou bordando você decora o desespero, a inquietude. Olha na cara deles. Enfrenta-o. Da-lhe forma. Atravessa-o. E vai além. Photo by Kris Atomic on Unsplash


Nona, realmente é tão poderoso costurar à mão?

Claro, minha querida. As pessoas já não costuram e por isso vivem desesperadas. As costureiras sabem que com agulha e linha você pode enfrentar qualquer situação sombria e ainda criar obras-primas maravilhosas. Enquanto você move suas mãos, é como se você movesse sua alma de forma criativa e intuitiva. Se você se deixar transportar pelo ritmo repetitivo do bordado e da agulha e linha, você entra em um verdadeiro estado meditativo. Você chega a outros mundos. E o emaranhado de fios emocionais dentro de você se suaviza.

O que se aprende bordando?

A enfrentar cada ponto. Sem pensar no próximo ponto. Focamos no ponto presente de cada costura e bordado. Justamente o ponto que nos escapa na vida diária. Estamos sempre desesperados pensando no futuro. E se pensarmos assim no bordado, ele se torna desarmônico, confuso e sem sentido.

Sim, mas Nona... as preocupações e medos, como vencer com a agulha e linha?


Minha menina. Você não precisa vencê-los. Precisa apenas acolher os medos e as preocupações. Compreendê-los. Costurando se tece o enredo da vida com as próprias mãos. É você que deve criar o vestido adequado para si mesma. Bordando você se conecta àquele fio fino que pertence a toda a humanidade e seus mistérios. Você se transforma em uma aranha que tece sua teia contando silenciosamente ao mundo todos os segredos da vida. Entrelaçando os fios, você entrelaça seus pensamentos, suas emoções. E se conecta ao divino que está em você e que segura o início do fio de tudo que há.

 

** Texto retirado do Facebook de Elena Bernabé, com livre tradução do Italiano, para compartilhar com quem passasse por aqui. Conheça a pagina dessa escritora.

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