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A Vida Pode Ser Um Conto de Fadas _ La Loba

  • Foto do escritor: Andrea Nero
    Andrea Nero
  • 4 de mai.
  • 3 min de leitura

La Loba vaga pelo deserto recolhendo ossos.
Imagem gerada pelo ChatGPT. La Loba pelo deserto, recolhendo ossos.

La Loba: a mulher que recolhe ossos e canta para a alma


Ela tem muitos nomes , como a velha do deserto…, mas é mais conhecida por La Loba , a Mulher que recolhe ossos.

Ela vive à margem, nas cavernas escondidas entre rochas e desertos, longe do olhar apressado do mundo. Dizem que sua tarefa é estranha, mas sagrada; coletar ossos.


Ossos de criaturas esquecidas, despedaçadas, perdidas pelo caminho. Ossos que já foram corpo, que já tiveram pele, voz, alma. Ossos que esperam, silenciosamente, pela canção da vida. La Loba os encontra um a um. Percorre desertos solitários com o olhar atento de quem sabe ver o invisível.


Quando La Loba encontra o esqueleto inteiro de uma loba, por exemplo, ela o leva consigo. Limpa, organiza, posiciona. E então, quando tudo estiver pronto, ela canta. Um canto tão profundo e antigo que desperta o que dorme nas entranhas do tempo. Os ossos tremem. Se enchem de carne, pele, pêlo, alma. A loba enfim respira… E corre, livre, outra vez.


La Loba um conto de fadas, é mais do que uma lenda.
É um espelho da alma feminina.

Quantas vezes nos sentimos como esses ossos disseminados? 

Fragmentadas, desconectadas da nossa essência, da nossa verdade, da nossa inteireza. Vivemos em um mundo que valoriza a pressa, a produtividade, o exterior, o material.


Mas dentro de nós, há partes que necessitam ser recolhidas com ternura e cuidadas. Há dores não vistas, sonhos abandonados, vozes silenciadas, caminhos desviados para agradar aos outros, objetivos interrompidos. Enfim… Ossos esquecidos ou perdidos pelo caminho.


Mas por sorte nossa, dentro de nós, vive La Loba. Aquela que se recusa a esquecer, que mergulha no escuro, no silêncio, na solidão resistente de nossa caverna interior. Ela não teme os escombros, pelo contrário, os honra. Porque sabe que é ali que começa o renascimento.


Recolher ossos é um ato de coragem e amor. É permitir-se olhar para o que estava perdido, sem julgamento. É dar tempo ao tempo. É ouvir o chamado do instinto. É lembrar que a alma não morre — ela apenas adormece, à espera da canção certa.


Mas que canção é essa?

Talvez seja o momento em que você se permite chorar, ou aquele momento em que se dança sozinha sem motivo ou quando se toma chuva e sente a alma ser lavada.Pode ser aquela manhã em que se decidiu recomeçar ou quando nos perdoamos por nem sempre ser o que gostaríamos, por entender que cometer erros faz parte, por escolher ser verdadeira e autêntica, mesmo morrendo de medo por dentro ou quando começamos  a dar mais importância pra nossa opinião, do que pra opinião alheia.


La Loba nos ensina que não há cura sem escuta, sem tempo, sem intimidade com o invisível, sem ser carinhosa consigo mesma. Ela nos lembra que somos feitas de ciclos, e que morrer por dentro, às vezes, é só o prelúdio para voltar a viver com mais alma. Experimente silenciar e fechar os olhos.

La Loba cantando para o esqueleto da Loba renacer
Imagem gerada pelo ChatGPT. La Loba cantando para o esqueleto completo. Chamando a Loba a renascer.

Silenciar um pouco
Fecha os olhos
E ouvir a canção que vem de dentro
Ela sabe o caminho
Ela lembra dos ossos
Ela canta e nossa alma escuta


La loba um arquétipo, tão lindamente contado por Clarissa Pinkola Estés no livro Mulheres que Correm com os Lobos , um conto que é uma verdadeira joia para reflexões profundas sobre a mulher selvagem, a ciclicidade da vida e o poder da ressurreição interior.


Já se conectaram com sua La Loba interior?


Namastê!

@andreaNero

@alokadabolsa



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